Arte – comunicação ou não comunicação? Da objectividade elementar à subjectividade artística
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Arte – comunicação ou não comunicação? Da objectividade elementar à subjectividade artística
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- Chuva Vasco
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- Arte, obra de arte, comunicação, não-comunicação, incomunicação, objectividade, subjectividade, história da arte, teoria da arte, criador, fruidor, artista, compreensão artÃstica, significante, significado, significação, codificação, descodificação
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Tese apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos
necessários à obtenção do grau de Doutor em Estudos de Arte, realizada sob a
orientação científica da Doutora Rosa Maria Pinho de Oliveira, Professora
Auxiliar do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, e
co-orientação do Doutor Álvaro Miranda Santos, Professor Catedrático jubilado
da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de
Coimbra.
RESUMO
Poderá uma obra de arte constituir-se como um acto de comunicação?
Esta tese pretende apresentar a ideia de que a obra de arte não está obrigada
a ser um meio de comunicação ou a comunicar alguma coisa. Comunicação
pressupõe uma circularidade entre dois elementos, emissor e receptor, mas
também a focalização numa mensagem que se deseja compreensível a
ambos. O criador e o fruidor, como humanos que são, têm uma dimensão
variável. Não só o criador é diferente do fruidor, como também este é diferente
de todos os seus semelhantes, e por conseguinte é na directa correlatividade
obra de arte – fruidor que se salienta uma incomunicação. Por um lado, a obra
de arte é o repositório de determinados elementos que a caracterizam e a
definem; por outro, temos o fruidor que é proeminentemente o promotor da
polissemia que circunscreve o processo artístico e que se traduz na
significação atribuída à obra.
A compreensão da obra (considerada invariável na sua existencialidade física)
poderá ser alcançada? Nesta análise, consideramos que este entendimento é
baseado na passagem do significante ao significado e que o seu conceito
deverá ser alcançado por intermédio quer da sua compreensão quer da sua
extensão, o que pode variar em função de factores extrínsecos à obra de arte.
Neste sentido, este estudo sublinha um paradoxo: o da comunicação/nãocomunicação
na arte, tomando como referências as condições de linearidade
espaço-tempo – onde a diacronia histórica da arte e a análise da relatividade
comunicacional da obra no espaço geográfico ajudam a fundamentar a ideia
central deste trabalho – bem assim como a coadjuvação dos elementos
constituintes do processo artístico, a saber, criador/obra de arte/fruidor, para
complementar a esfera estética. É no jogo não simplista da codificaçãodescodificação,
objectividade-subjectividade, informação-significação, que se
prefigura o elemento chave para o entendimento desta questão, porventura
celeumática.
No entanto, com tantas diferenças decisivas entre os vários media utilizados
hoje na arte, cada um com características materiais e estilísticas
individualizadas, bem como com linguagens próprias, torna-se ainda mais
necessário reflectir nas questões que a arte formula, consciente ou
inconscientemente. Neste momento, em que a questão “isto é belo?” é
substituída por outra ainda mais angustiante, “isto é arte?”; num momento em
que o savoir-faire é questionado com grande força; numa época em que tudo o
que diz respeito à ideia de arte deixou de ser evidente, tanto em si mesmo,
como na sua relação com os diferentes públicos, assistimos também à
problematização da sua função comunicativa.
- Addeddate
- 2012-10-23 15:54:53
- Identifier
- ArteComunicaoOuNo-comunicaoDaObjectividadeElementar
- Identifier-ark
- ark:/13960/t1kh1vj2c
- Ocr
- ABBYY FineReader 8.0
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